2 de ago. de 2015

Lady Charlotte and Mr. Philip ¤ Capitulo II

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Leia o Capitulo I

A Primeira Impressão




A casa do Sr. Philip,  não era muito grande, tinha uma sala de desenho agradável com bastante luz do sol, e separada por um corredor um salão que comportava ao menos 10 casais em uma dança. Charlotte estava ansiosa, mal conseguia respirar.  Isso não era do seu feitio. Era sempre decidida, e contida, sabia sempre colocar seus pensamentos no lugar,  mas naquele momento preocupava-se com seu futuro.


Quando Charlotte aceitou a ideia de seu Tio de leva-la a casa do Sr. Philip não podia imaginar no que estava se metendo, afinal ele era seu tio, aquela pessoa que ela mais considerava no mundo, aquele que sempre cuidou dela, mesmo quando era uma órfã sem lar, sem pais, ou amigos, como poderia dizer não? Na hora, a proposta e a ideia de seu tio não foram tão preocupantes.
Como Poderia imaginar ,ela hesitou, no começo, é claro. Mas, logo entendeu que seu tio só queria seu bem, e estar bem casada estava entre eles.              
Isso mudou quando Charlotte pôs os pés na casa de Sr. Philip, o medo e o nervoso tomaram conta dela novamente. Não queria estar ali, o que ela estava fazendo afinal? Isso não era de sua natureza. Como agir? Como se comportar? O que falar para um homem que seu tio e sua tia queriam tanto que ela se casasse?

Sem querer ela entrou na sala de desenho e sem esperar o viu e não sabia o que dizer ou que fazer.

Sr. Philip era muito gentil, então pergunto-lhe o que ela estava achando da sala,  ou melhor, de toda a casa.
Charlotte não sabia com quem estava,  mas conseguiu responder:
- É muito adorável meu senhor, tao charmosa e arejada, seria impossível não sentir-se bem aqui.     
Sir Philip era , pensou ela, um homem encantador de aparência , tinha cerca de 1,85, olhos grandes e claros , alguém poderia se perder naqueles olhos, pensou ela, cabelos escuros, e um rosto perfeitamente razoável para um cavalheiro de sua idade. Não era Gordo nem magro.
Ele olhou-a, sorriu, e aproximou-se:
-Muito prazer eu sou Seth Philip, mas você deve ter ouvido por ai Sr. Philip, e ao beijar sua mão afastou-se um pouco.
Ao que ela respondeu fazendo uma leve reverência:
- Eu sou sobrinha do Sr. Davies, Charlotte Davies.
Após se apresentarem, o silencio e o mal estar tomaram conta de Charlotte, lá estava ela, ela pensou, sem assunto, sem saber o que falar ou ao menos como agir, enquanto os olhos de Sr. Philip a encaravam, ela tentava pensar em mil possibilidades de fugir. Mas espere! Ela pensou: - Eu estou nervosa? Ela nunca ficava nervosa em em qualquer situação. Ela não era assim, poderia se controlar perfeitamente, um desvio de seu olhar para a sala, para ela ver algo de tirar seu folego, um piano,um piano que ela nunca jamais vira, tão gracioso e grande, e que, com a luz sua cor escura brilhava muito, seu pensamento daquele piano foi para os ares, quando Sr. Philip perguntou :
- Srta. Davies? Há algo errado?
-Ah! Queira me perdoar Sr. Philip. mas fiquei sem folego ao notar o lindo piano que o senhor tem aqui, que lindas musicas ele deve produzir. É uma pena que eu não toque tao bem.
- A senhorita aprecia boa musica? Perguntou Sr. Philip.                   

- Mas é claro, o que seria de todos nós sem a boa musica não é mesmo?

-Aposto que todos os convidados ficariam encantados em vê-la tocar Madame.  
- Não irei causar um mal tão horrível aos ouvidos de todo , meu caro senhor, afinal como já mencionei, não toco muito bem.    
- Suponho que está enganada, é pura modéstia o que você está mostrando Srta. Davies.
- Gostaria de pensar deste modo, pois acho que a música é como um bálsamo para a alma. Gosto de pensar que seria uma boa musicista. Gosto de apreciar boas peças, gosto do som e da melodia perfeita que saem dos instrumentos, se tocados com a alma parecem como o canto de pássaros durante o nascer do dia, traz alegria e invade a alma de paz. Desculpe-me, Sir Philip,  acabei soando como uma jovem tola.
- Não soa como tolice, Srta. Davies. Romântica, talvez! Mas ainda acho que não causaria um mal tão grande aos ouvidos da sociedade se mostrasse seus singelos talentos para nós.  E acredite, reconhecer seus talentos e, perdoe -me as palavras cruéis, a falta deles é algo importante.  Se diz que não é boa, vou acreditar, embora discorde, que pode melhorar.
- Talvez um dia. Mas só poderá discordar se ouvir e este é um ato que pode trazer danos aos ouvidos.
- Poderia apostar que toca muito bem.
- Pois continuo afirmando que não, quem sabe um dia não poderia realizar tal proeza? Quem sabe nos dizer com previsão o dia de amanhã?
- O amanhã, cabe ao futuro, senhorita. Viveremos por ora, o hoje.

O fato de o Sr Philip ser, ela pensou, as vezes bastante persuasivo, excluiu 3 pontos do que ela gostaria que ele fosse.
- Sim , eu concordo plenamente com o senhor, mais ainda espero o dia em que eu toque como se minha vida dependesse disso, sei que isso pode soar como uma frase romântica para o senhor, mas o que seria de nós sem um pouco de opiniões românticas de vez em quando, não é mesmo?
- A senhorita tem bastante opiniões românticas devo dizer.
- E isso o incomoda meu caro senhor ?
- Não, de modo algum, só não consigo pensar no modo como algumas pessoas utilizam seus pensamentos filósofos e românticos como forma de vida, ou seja, como lidam com ela, entende madame?

Aquela resposta de fato foi a que mais surpreendeu Charlotte, ela que usava suas opiniões e pensamentos românticos para passar qualquer dificuldade que a vida lhe desse, ficou abismada, seria Sr. Philip o homem frio que ela pensou que realmente não fosse ? Ele julgaria errado levar a vida com um toque de romantismo? Charlotte sabia mais do que ninguém que a vida não era perfeita ou sempre leve para todos.

- Perdoe-me Sr. Philip, mais não consigo entendê-lo nesse quesito , muitas pessoas utilizam seus pensamentos românticos para passar sobre as cruéis e dolorosas dificuldades que a vida pode mostrar, todos precisam de um toque de filosofia e romantismo em seus pensamentos, como um livro por exemplo, uma história a ser contada em um livro não pode apenas ter palavras sem sentido ou apenas personagens com pensamentos frios e em branco, se o senhor me entende, mas uma história a ser contada em um livro, deve haver não só palavras a ser escutadas e faladas pelos personagens, mas também filosofia e romantismo para qualquer imprevisto na história, para que a personagem saiba o que fazer e acredite no que fazer, para não ficar sem esperança com apenas pensamentos em branco e com a alma bagunçada por dentro.

Charlotte disse tudo isso num fôlego apenas, ele encarou-a admirado, porém confuso, e enquanto reunia suas idéias para falar algo, foram interrompidos.
O Mordomo Sr. Mason entrou e pigarreou:
- Com Licença, Sr. Philips o jantar será servido. Sr. Philip agradeceu e fez um aceno com a cabeça para Charlotte e saiu. O jantar correra normalmente. Charlotte e Sr Philip não trocaram palavra, ate que se despediram no fim da noite.

Leia o Capítulo 3

***

Com Contribuições de:
Angélica Damasceno, Camila Ribeiro, Emily Correia, Lizandra Catharine,  Suelen Trindade, Raiane Santos, Raquel Fernandes


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